SBR066 - Várzeas, elevações e um mapa correspondente
Num mapa pedológico geral, com escalas pequenas, apesar de os principais solos em ocorrência (maiores áreas) estarem presentes, nem todos os ambientes, mesmo alguns muito importantes, são representados. Critérios locais (aninhados no mapa mais geral) podem ser úteis nesse sentido. Um exemplo é a presença de taboa (Typha spp), adaptada à falta de oxigênio que, por exemplo, identifica Gleissolos.
Na paisagem geral do mar de morros há vários ambientes, mesmo que se considere apenas uma fração dele, como a paisagem do talvegue ao topo. Para representar todos esses ambientes em mapas seria necessário o uso de escalas maiores, e isso é mais demorado, demandando mais recursos humanos e materiais, resultando em um custo muito elevado levando a uma relação custo/ benefício questionável. Acredita-se que dentro de cada conjunto, representado no mapa, é possível eleger critérios identificadores de estratos homogêneos, e mais, esses critérios podem compor uma chave simplificada de ambientes e permitir que mesmo na ausência de mapas detalhados se possa sistematizar as informações em detalhe.
Estes critérios devem ser definidos em conjunto com o usuário local, que conhece a região, a exemplo da habilidade, por exemplo, de o indígena ajustar-se ao ambiente. A chave de identificação de ambientes facilitaria o trabalho de comunicação entre planejadores, pesquisadores e usuários, diminuindo as distâncias de abordagem, realçando a natureza como mestra e todos como estudantes. Para se fazer essa ponte de comunicação, há necessidade de decodificar a linguagem, mas cabe ao pedólogo essa decodificação amparando-se, sempre que possível, na percepção do usuário.